sábado, 24 de janeiro de 2009

A Honra

FELIZ ANIVERSÁRIO
PEQUENO ESCUDEIRO



o futuro é nosso!

Chorus

A alma de coisa alguma, a alma pequena e nua. A alma. Na alma. Hum, eu penso. Eu acho. Eu sempre acho. Da alma saem palavras. Não, somente frieza. Talvez.

Sinto muito pelo seu vestido. As flores é que são de vidro. Você não será sempre jovem. Me matar? Como segurar meus pensamentos. Esvazio a mente, não dá. Não dá!

O orgulho fez mais uma vítima ontem. Eu acho que não fui eu. Semprejovem para sempre, eternamente. Cheia de razão, não me deu bola. Não não não!

Pequena ópera, ojeriza dos homens comuns. Sou eu, no seu leito, ávido por novas histórias. Minha mania de palavras perfeitas, e você tão liberal em suas palavras cruzadas. Eu não entendi! Quem é que gostaria de entender. Aqui é tão vazio...
Cheers!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Quer quanto por ela?

Falávamos línguas diferentes. Eu dizia "vamos ficar em casa", ela dizia "quero comer num fast food". Eu dizia "vamos parar de brigar" e ela respondia "eu não estava brigando, seu idiota". Falávamos a mesma língua. Eu suspirava "um dia... quem sabe?" e ela retrucava "porque não agora?". Eu dizia "te odeio" e ela "eu também". Eu setenciava "vou morrer sozinho" e ela dizia "ainda bem".

Não somos feitos somente de opostos. Já tive mulheres tão mais contrárias à mim, algo que eu só admitia por poucos motivos, grandes merdas. É pertubador saber que ainda ontem eu pensava em como nos saímos falhos em admirar um ao outro sem emitir opiniões. Ela me faz errar, eu a faço acertar. Porque sempre um dos lados pende a balança para baixo?
Cheers!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Melhor dizer que sim

"Do alto dava para ver o pequeno jardim de ideias, numa profusão de palavras e poucas coisas. Do outro lado, voltando-se para o lado sul, havia um pântano de sentimentos. Eu havia ficado admirado com a impressionante beleza do jardim, mas meu interesse pelo pântano de sua mente era maior. Desci a escada sem cuidado algum. Não importava se eu ia cair, nenhuma queda me mataria."

Com essas palavras eu comecei a te deixar louca. Com elas eu comecei a criar o labirinto que você ousou entrar, tentando me buscar. Quanto engano. Eu não queria ser encontrado, e por isso eu deixava cada vez mais rastros, falsos caminhos, luzes lúgubres e sons inarmônicos. Você se perdia, e se desesperava, implorava para sair. Mas já era tarde. O meu pântano é mais assustador que o seu. Não adiantaria gritar por mim, eu gritava no mesmo tom, e não nos ouvíamos...

A um passo da completa insensatez, você retirou de mim a mais horrenda cria de mim, uma flor, minha poesia, agora marcada, fadada ao fim. Eu te dava os meus versos e te acalentava. Seguias o teu caminho dentro de mim, o pântano, com mais esperança e mais firmeza no passo. Beirando a loucura eu não havia notado a tamanha estupidez de meu ato: ajudava justamente a minha caçadora! Enquanto isso, teu pântano e teu jardim eram cada vez mais amistosos comigo. Eu havia me tornado um só dentro do teu ser.

Pena que você não perceba que, mesmo perdida dentro de mim, o pântano, eras parte de mim. Se você saísse, todas as armadilhas e caminhos, árvores e espinhos iriam deixar de existir. Nunca alcançarias o meu jardim, enquanto eu não te mostrasse, bússola, o norte de onde estavas. Eu gostava da ideia, jardim, de que você está em mim. E eu estou em você, pântano.
Cheers!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Adolesciência

retirado do antigo diário mais recente que a minha própria lembrança do episódio.

Ligou para a T. e disse 'tras coisas. Não quis ouvir o sermão da mãe, saiu feito um furacão. Eu fui atrás, com a D. dizendo: salva ela!

Eu ia correndo atrás dela, olhando aquela bunda linda. Dá vontade de apertar gostoso. Caiu a ficha de que ela só estava correndo porque eu havia dito tantas e tantas bobagens. E ela acreditou.

Alcancei o passo dela. Juro que só demorei mais porque fiquei hipnotizado com aquele conjunto cintura+bunda gostosa. Então, ainda correndo, ofegante, eu disse: ela não vai chegar! Ela me responde: era pra ela ficar com você! Daí eu paro!

Eu paro e penso. Era pra ela ficar comigo? Eu penso, engulo seco. Era pra eu esquecer toda a minha sacanagem e pensar no que uma guria queria dizer com aquilo? Quer dizer, o que ela quis dizer mesmo? A doida da J. queria ficar comigo, ou era pressão da Di? E o que importa, se eu nem quero mais nada? Não quero?
Cheers!