sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Eia, Magna Hora!

Mais lenha pras suas fogueiras, vizinhos barulhentos.

Em algum lugar, entre o silêncio sagrado e o sono, a voz do Enigma chama por você. Respire fundo e relaxe. Comece a se movimentar lentamente, bem lentamente. Andraz. Deixe a radiante lua penetrante entrar em sua mente. Liberte sua mente...

Eu estava sentado no meu quarto devastado, sem luzes, sem música, só raiva! A luz me perseguia e eu fugia rumo à escuridão, como num jogo de pega-pega. Eu sentia o frio em minhas mãos, e frieza no meu pensamento. Eu me libertei, ou somente fugia? Aquele era o meu karma, eu pensava. Em algum lugar, entre o silêncio sagrado e o sono, eu pensava. Virgo. É duro encontrar o contrapeso quando você está apaixonado, eu pensava. Afinal, errare humanum est, acreditava eu. Eu não notava, mais estava mais próximo da dúvida que da resposta.

E num momento fui impelido. Nasci novamente. A luz me queimava os olhos. Seguindo o sol, encontrei um para mim, que lhe dá as asas para voar. Seguindo o sol, o dourado, sentindo como perdedor durante o espaço e tempo. Eu renasci.

Renasci! Garotto!
Cheers!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Exit Light, Enter Night

A esperança está morta, engasgada pelo óbvio. A Mãe chegou muito tarde da festa e não viu quando seu filho saiu pela janela. A esperança está morta. A Mãe, o Pai e toda sorte de pessoas tristes, fingidas e parentes, viam pela janela o que o Filho suportou sorrindo, quando feliz. Negros olhos que se entreolhavam sempre perguntando: para onde foi a felicidade?

Durante o naufrágio, alguns quiseram ter suas histórias cantadas, o que na pressa não chamou a atenção de ninguém. Eram pessoas que ali estavam entregues, tampouco se diziam salvas. A esperança está morta. Desde o fundo.

Dos aviões lançaram-se notícias: BOOOM! Here comes a new challenger! Saimos todos aflitos, suados e mal nutridos. As notícias chegaram na velocidade da justiça, lenta, e muito dolorida. Não fazia mal saber mais, o mal se faziam em quem não sabia, para as vítimas do naufrágio.

Para as vítimas das notícias...

Para a Mãe e o Pai...

Para ir em frente...
Cheers!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

A felicidade não está no rótulo

Quando surge o sol no céu, com ele vem uma inquietação incomum, como se a chama de minha essência se inflamasse numa pira muito alta. O corpo obedece a um incomum fluxo de energias fluidas de um único pensamento: a vitória. Trabalhar numa campanha política é ter sempre em mãos energias desconhecidas, mas muito fortes.

O povo é desconfiado. Eles não acreditam, alguns sequer tem esperança, mas estão sempre dispostos a falar, trocar a experiência, sabedoria plena. Somos sempre bons ouvidos, somos sempre bons oradores, e trazemos um pouco de alento. É diferente de se ser magnético, ou carismático. Somos tão somente uns como os outros, e assim nos igualamos, mesmo que por uns minutos.

Eu sinto essa energia me mantendo sempre alerta, como se me sustentasse, embora eu a domine por pouco. A mente está focada, o espírito está resoluto, sou bem quem eu gostaria de ser. Feliz e ocupado, ocupado e satisfeito, satisfeito e esperançoso...
Cheers!