sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Há uma Lua nos teus espelhos

O estímulo querido, a sempre equidistante forma de se aproximar, talvez uma leva de outros olhares, o significado dos sentidos; és uma mistura de fino retrato com felizes destinos. O caminho é tão cinza, e me lamento, fatídico enfado dos outros que não compreendem que, alhures, é que nos danamos. A perfeita sinestesia, longos caminhos elementais, nos sentidos sempre acesos, nos corpos sempre alertas. Ah, os sentidos, todos borrados, compassos complexos que enganam, perceba, não deixam a razão assumir o controle.

Havia dentro de mim a poeira. A longe imagem de um fruto apodrecido, dos mais alvos e finos galhos, sob a qualquer luminância do sol. Ao meio dia de minha vida, eu penso, eu era agora a pouco uma videira. Eu penso, eu penso. Sempre calada mudança, sempre matreira chance de se transformar. E vi a receita da mudança em olhos de lua, que como toda a lua, tem seu lado escuro.

Eu ainda não conheço seu lado escuro, respiro quente vapor das noites, inebriante cheiro, ah mas que engano, inebriantes cheiros, há mais de um! O célere desejo de possuir a mim mesmo, então eu acho o espelho tão atraente. Olho no espelho de sua alma, novamente, o encanto recai. Conseguir resistir, é forçoso! Se respondem a mim, alegria que me toma conta. Saldo salgado pela vitória inconteste, só há o pulso, e mãos, e cheiros, e olhos, e boca, e gosto, e toque e...

há algo privando minha razão de controlar meu corpo!
Cheers!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A recíproca dantes verdadeira

No fundo dos olhos dela, a sombria raiva. No fundo da minha alma, alguma dor inacabada, irrecíproca. Eu faço sacrifícios, e de mim eu conheço a força, mas e da alma dela...

Cheers!