domingo, 29 de abril de 2007

Empelitáculo Ocnatitante

Liguei a máquina e ela não respondeu. Santa paciência! Fui na tomada, estava ligada. Voltei meus olhos para o chão, mas nada a respeito de cabos soltos. Apertei novamente o botão do power...
Sim, sim, sim... a máquina está ligada. Sempre esteve, desde muito tempo. A máquina estava ligada e eu não percebi. O problema não era com a máquina, não era com ela. O problema era eu. Eu estava com problema. Sem alternativa.
Nos mais diversos momentos da minha vida eu não percebi que estava com problema. Eu achava, inconscientemente, que tudo estava errado. Não percebia o quanto eu estava cego, ou o quanto minha vista estava nublada, incapaz de ver mais adiante.
Nos mais diversos momentos da minha vida eu me choquei com o comportamento das pessoas. Eu não posso culpá-las por serem tão diferentes de mim, por eu não ter compreendido seus intelectos, ou a falta dele. Um problema que eu não vou mais procurar resolver. É muito difícil tentar se tornar igual, é muito difícil se tornar interessante.
Eu sei que há pessoas que lêem meus escritos e não comentam. Mas tenho certeza que essas pessoas falam sozinhas, enquanto lêem, e sabem que eu me refiro a elas. Muita gente sabe que eu já desisti de me tornar nobre de espírito e uma pessoa gentil.
Estou disposto a perder muitos colegas e alguns amigos. É impossível viver com eles durante minha mudança tão cansativa. É uma evolução da minha capacidade de compreensão, me tornar igual a todo mundo: me afastar daquilo que eu não compreendo.

E você... não queira que eu diga a você que eu não te compreendo...
Cheers