sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Um novo tempo, Solari

"O novo se renovou em antigas fontes. As fontes profundas, ecoavam suas dúvidas. E aqueles jovens todos voltavam para suas casas com um coração cheio de sortilégios. Os seus pais muito orgulhosos, e suas mães temerosas, todos saudavam os jovens.

A guerra chegou depressa. Aqueles homens e mulheres estavam a anos preparados, haviam forjado o que havia de melhor ao alcance de suas capacidades. Era uma guerra cruel, pois o inimigo era algo morto, mas que sobrevivia pelo ódio dos mais poderosos que a Alva. Aquele povo se inflava de dor e coragem, e amava muito sua terra, que viam servir de pousada maligna.

Os jovens morriam, poucos, mas morriam..."

Com esse pequeno texto eu iniciei um conto que fala, pela primeira vez, de mortos-vivos, undeads, no cenário de Solari. Nunca havia sido um consenso a interpretação desses seres na mitologia e mecânica solariana, mas o passado de muitas dúvidas começaram a ser respondidos. Talvez por que eu esteja ficando mais tranquilo, e isso me faça criar com mais clareza.

Vamos ver um novo tempo em Solari, afinal, já fazem 360 anos que Gox faleceu e aquele mundo precisa de novos heróis. Heróis tão grandes e sábios quanto aqueles. Ou talvez precisemos somente de uma grande guerra. Quem sabe?
Cheers!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O Universo

Quando da aurora, percebeu que era dia lá fora, e sorriu. Lembrou que naquele dia a expectativa era muito grande. Muitos significados para todas aquelas idéias, os sentimentos todos, o amor que sentia por aquela mulher magnífica. Ficava claro para os seus que ele é tão apaixonado que mal sabia como parecia para o mundo sua extrema felicidade.

Caminhava pensando o quanto estava atrasadas as cartas, os telefonemas, as promessas, muita coisa atrasada, enfim. Caminhava como se houvesse um meio de, caminhando, chegar até ela. Chegando até ela, dizer "Je T'aime Till My Dying Day", e alegrar-se. Saberia, naquele momento, que tudo havia valido a pena.

Então, no dia de hoje, como em muitos outros, ele alegrava-se somente porque sabia que havia um universo conspirando a favor. E hoje, tudo conspira a favor.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O negro do olhos

I cannot die for what I believe!

Expulse aquela miríade de sonhos que você tem de sua mente, liberte-se. Não procure mais a tal felicidade nas taças finas e chiques doutrora. A morte está sempre rondando seu peito, e não te deixa dormir. Por isso eu te aviso, querido amigo, estás tão perto do precipício. Eu mesmo dizia de mim tudo o que falais ao vento. Liberte sua mente!

Vejo que você está tão afetado. O que me aconteceu esses tempos? Eu sofri demais, e uma dose a mais de palavras foi tomada. Você nem mudou, uma antítese dos dias sombrios. Incólume. Mas quem não aprende com o amor, aprende com a dor, dizem. E eu só posso lhe dizer que não procures mais ser feliz. Isso trata de ser naturalmente.

O que quero dizer é que se é feliz por ser, e naturalmente. Não se produz felicidade, nem nas bolinhas que tu toma, nem na poeira que adentra teu nariz neste exato momento. Eu vi a garrafa de uísque dando bobeira lá, e fiquei tão triste por ti... me perguntei do porquê deu estar ali, vendo grotesca cena. Me forcei a ter pena, e senti saudade também. Saudade de quando tinhas cadernos de perguntas, e que me inquirias sobre bucetas e caralhos. Daí eu vi um filme passar na minha frente. Ironicamente tu te levantou do chão e puseste um DVD desses sei-lá-qual, pra qualquer coisa que te ocorresse.

Tomara que morras, infeliz. E que me faças, assim, um último favor: diga aos meus mortos que estou bem, e que não será mais tão cedo que vou lá com eles...
Cheers!

domingo, 12 de outubro de 2008

Saudade

Eu estou de volta!

Nunca mais eu tinha sentido o cheiro de minha cidade tanto quanto senti quando desci da balsa. Minha experiência no Iranduba foi magnífica, mas Manaus me chamava, implorava por mim. Meu amor, que tanto me agrada...

Quero ver todos, andar bastante, ver tudo novamente. Quero ver minha família, quero ter nas mãos um punhado da terra de onde nasci. Estou com saudades de mim, e do meu mundinho. Há pouco falava doutros tempos com um amigo, e dizia o quanto me orgulha ser amazonense, e manauara. Ele concordou, mas não entendeu, eu presumo.

Mas o importante é que eu estou de volta!
Cheers!