sexta-feira, 20 de março de 2009

Ao Rei

Na primeira vez que eu quis escrever no seu blog foi para mostrar a minha raiva. Você escrevia por aqui coisas sobre mim, coisas que me irritavam pela forma que você conduzia as coisas. Você me fazia parecer ser tão má... mas depois de algum tempo eu entendi. Você precisa ter sempre em sua vida antagonistas, e eu era o alvo perfeito. A megera sempre calada e disposta a perdoar todas as suas faltas. Eu era a sua melhor inimiga.

Suas mensagens supostamente enigmáticas me davam medo. Eu tinha dúvidas, me perguntava: será que ele está ficando louco de vez? Mas no fundo era sempre uma forma de "chamar atenção" para si e para as suas velhas idéias. Eu entendo quando você fala em "roundabout". Tudo se repete, tudo parece uma rotina chata, "simples sombras do que já foi um dia", como você diz. Mesmo assim eu continuava tendo medo, porque era e é tudo um grande teatro. E você não desiste de coisas velhas.

Eu gostaria de falar tanta coisa por aqui. Contar sobre um homem apaixonado, um homem que "não existe". Eu gostaria de quebrar um pouco o enigma que se encontra em você. Dizer coisas que eu não compreendo na sua alma. Gostaria de possuir seu dom com as palavras, ainda mais agora, que estamos tão longe...

Um dia um homem me disse: procure minhas falhas. Ele estava tão cego de paixão, achava-se indefectível. Eu só pude acompanha-lo pelo tempo que suportei. As nossas vidas eram tão diferentes, mundos diferentes mas iguais. Ele acreditava que não conseguia enxergar seus próprios defeitos. Até que ele descobriu sozinho.

O que mais amo em você é sua capacidade de se tornar tantas pessoas diferentes. Nunca é a mesma coisa com você, e isso me surpreende até hoje em dia. Você não busca ser perfeito, você busca ser melhor! E isso eu nunca vou esquecer do teu ser. Morarás sempre dentro de mim. Serás sempre um amigo das palavras, e meu protetor.

J.A.W.A.

terça-feira, 17 de março de 2009

Sempre morna

O enigma que nos aproxima é algo insondável para mim agora. Depois de anos eu só posso dizer que tudo que vivi ao teu lado é algo do passado que eu gostaria muito de esquecer. Logo nos momentos mais felizes, e numa época dessas de despedidas, você me faz o exercício de autopiedade tão comum. Somos velhos e falhos.

Eu me torno cada dia melhor, mas a saudade no meu coração é muito grande. Vou para cama pensando em tantas coisas, em tanta gente. Eu sei que eu posso ser tão feliz quanto pareço ser, mas o caminho da auto descoberta é sinuoso. Mesmo assim fico tranquilo porque não estou sozinho. Eu tenho pessoas que me compreendem, pessoas que "sentem" tudo aquilo que eu sinto.

O mundo é uma troca initerrupta e incessante. Não é, Renata?
Cheers!