segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A avalanche

A ressaca que aquela chuva me causou, ainda sinto que o calor invade meu coração, sempre a mesma cor nascida do lume cardíaco, o ocre. I don't want to call my friends / For they might wake me from this dream, é a frase que me vem a mente neste instante. Lentamente eu cedo, cada dia melhor, sem nenhum medo. Então pareço estar alegre.

Uma alegria que toma conta, que deixa o rubor para trás, então eu não conheço mais desafios maiores que eu mesmo. Há uma conspiração permeada de riscos que controla tudo isso. Uma conspiração orgânica, uma batalha sem vencedores por interesses campeões. Cartas, papéis de carta, canetas, tinta e milhares de palavras. Os livros passaram a ter sabor. Viajar nas histórias agora é a garantia de felicidade. Outrora me dizias...

E é no âmago de velhas letras, em velhos papéis, que eu encontro o alento para a avalanche. Um canto tão maior que toda a minha preocupação mundana, racional e cruel. Mágicas palavras que me condenaram no passado, e me libertam agora, no presente. Sim, o futuro ainda não chegou. Está custando para dar notícias, e eu já me encontro tão ansioso...
Cheers!

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