quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A Constante Negativa

Levantei de sua cama ainda sentindo o gosto do chocolate. Vi que você dormiu enquanto me fazia dormir, e achei isso tão engraçado. Aquela era uma hora boa de te fazer um carinho, mas vi que o relógio me obrigou a deixá-la. Aliás, não ele, mas a minha nobre missão.

Tateei debaixo da colcha procurando o meus pertences. Percebi que você me roubou todos, mas, sorrindo, sabia que havias feito isso na intenção de me deixar por ali, como se tivesses esperança alguma deu me permitir. Vi que seus lábios estavam cerrados, e seu semblante estava de um alguém um dia muito cansada. Não agora, nem por mim...

Fui ao banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes. Eu sempre tenho uma escova ali. Dei mais uma olhada em minhas olheiras, eu já estava a uma semana bebendo, tão severamente condenado a uma diversão infinita. Ou até que a grana acabe, como você havia me convencido a acreditar. Você está sempre tão segura pra falar mal dos meus vícios. Acontece que beber não é um vício pra mim, é pura diversão.

Voltei pro quarto pra me despedir, e acho que sonhavas. Sorrias. E tão linda estavas! Daí eu não resisti...

peguei cinco reais da tua carteira, desci no elevador, peguei meu ônibus e voltei pra casa!
Cheers!

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