sexta-feira, 21 de abril de 2006

Ser:Explicar

De fato eu sou um ser de extremos. Transito entre o são e o louco em meio às questões filosóficas que pulsam na minha mente. Sou bom e mau, torto e direito, estou aqui e noutro lugar! Com certeza eu sei q as pessoas me acham um doido, digno de pena. Eu sei que ninguém, hj em dia, quererá explorar-me por ajudar, mas por achar estar sanando-me de minha dualidade!

Não sou insano. Sou dono de muitas faces, eu sei, mas isso é motivo para a toda-poderosa reação com que os olhares me fitam, os desdenhosos ouvidos me notam ou as nada ponderadas línguas falam de mim? É por isso que eu me enclausuro, talvez. Não há espaço para mim, pois sou dois ou mais, num mundo individualista. Eu sou diferente dos demais, por isso me destaco. Mas é entre as diferenças que o diabo costuma agir! E, pobre de mim, nem passo perto de ser exemplo de personalidade.

Abstraio o quente vapor de idéias que me povoam. Noutro momento eu disseco antiquíssimas idéias, congelo minhas possibilidades. Não é com a pena que posso dizer como se dá isso, nem com a língua. Há algo a ser descoberto em mim? Eu consulto-me constantemente, e decepciono-me às infrutíferas respostas. Talvez eu feche pra balanço, com a certeza de que é só a poeira sentar pra que eu me abra. Eu hostilizo meus sentimentos refreados pelos meus dogmas mágicos. Por isso eu não possa ser mais, somente um simulacro do possível.

...somente um simulacro do possível. Um possível simulacro. Somente um simulacro. Possível somente.

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