quinta-feira, 23 de julho de 2009

Oitavo Dia

O Corvo acordou-me. Da beiralta daquelas terras, os pássaros carniceiros tinham uma visão dos homens que morriam lá embaixo. O céu também é muito bonito de lá.

Calcei-me e reuni alguns ao meu redor. Levantei uma pequena bacia de prata com as vísceras de nossa última vítima, e os pássaros consumiram com voracidade. Resolvi ir até a margem daquelas terras, e sentir o cheiro de morte que vinha lá do fundo do vale. E era realmente maravilhoso, centenas de corpos putrificados que produziam um perfume tão maravilhoso, que minhas veias se encheram duma essência primeva daqueles carniceiros que, voando, me coroavam.

Descemos, naquele dia, e nos alimentamos fartamente. Fim do oitavo dia.
Cheers!

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