quinta-feira, 14 de maio de 2009

Reverse Psychedelic Anesthesia II

Continuando o enfado. Longos discursos com breves monossílabos, a fumaça nos deixava muito mais atentos. Acelerávamos o nosso estado, e o corpo não acompanhava o ritmo. A serpente se escondia por entre o brejo, serpente brejeira. Curiosamente ouvíamos músicas, instrumentos de sopro, as peles surdinhas ao fundo. Eu ria, extasiado. Via os frutos da grande árvore caindo. Riquíssimas letras sonoras, debutantes cantos tétricos, almoço, almoço, alguém gritava ao lado. E todos corriam ao redor da grande fogueira. E eu olho para a fogueira, e ela olha para mim. Olhos vermelhos crepitantes, lambiam o ar. A poderosa cantoria, a fina fagulha duma festa infinita. Toda a floresta cantava. Das janelas se viam as nuvens, das portas, os neófitos. Todos estavam lá. E eu adormecia, adormecia.

Travesseiro gostoso...
Cheers!

Nenhum comentário: