Quando o vazio preencheu o vácuo, dentro de mim tive a certeza da hora. Era aquela de ir embora, e tentar preservar o mínimo de dignidade. Os lenços estavam todos úmidos, os olhos mareados e os semblantes felizes. Eu te amava, te imaginava. Nunca gostei dos românticos, mas eu era um por eras que se foram.
A porta veio em minha direção, e as horas se aproximavam cada vez mais. E como se a gente se deixasse ir, promíscuos, não notávamos que estávamos tão perto. À queima roupa foi aquele beijo. Nem me lembro mais de quem partiu. Já faz tantos anos...
O beijo ecoou pelas eras, sobreviveu aos meus devaneios, suportou os meus humores. O beijo se tornou uma marca, uma forma de mudança, as minhas memórias mais singelas. Nada mudou entre a gente, e ainda nos tornamos mais íntimos, somos amigos pela vida inteira. Um beijo que é a melhor hora, aquela de ir embora, onde os olhos mareados não conseguem esconder o que a alma quer dizer...
adeus!
Cheers!
2 comentários:
é um adeus amargo, amor...
quando é que você vai se livrar dessas doenças?
"simplesmente morrer" não é?
seu fraco!
nostalgia.
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