quinta-feira, 19 de junho de 2008

Binóculo

Odeio quando frutificam em minha mente tão grandes idéias, daquelas que eu tenho certeza que darão certo, e pelo conjunto de eventos que se seguem eu não consigo exteriorizar isso. Talvez por perfeccionismo eu jamais escreverei sobre ela, mas a idéia me bate a barreira dos dentes assim que eu tenho a oportunidade e disponho de um ouvido interessado, ou fingido. Mas como eu poderia deixar de fazê-lo?

Não são muitos os meus amigos que me escutam as idéias, vou assim dizer. Eu não vejo isso como algo triste, nem daria uma nota a eles, mas sabendo que são poucos, eu os conservo e os considero. Então a primeira dificuldade é "pra quem contar". A segunda é a minha preguiça de passar tudo pra um papel. Mesmo que somente uma idéia, eu pouco escrevo sobre elas. Exceto aqui.

Lá em casa não dá pra pensar direito. É um pandemônio tamanho que me amedronta a idéia que eu possa, com isso, me aborrecer e acabar desistindo da idéia. Devo ser paciente, não comigo, mas com os outros. As minhas idéias são, algumas, tão efêmeras quanto os meus escritos. E isso é prejudicial.

A tal idéia é, e conto aqui para não deixar a Flora curiosa do que se trata mais uma vez, do que chamamos no mundo dos quadrinhos de "argumento". Seria muito se eu dissesse que é um roteiro, visto que não há sequer uma fala, nem nome de personagem, nem local, nada; só o argumento. Eu direi somente que, na minha mente, seria algo que ficaria muito bom para o formato de filme e cinema, mas não sei para o formato livro ou quadrinho. Aliás, quem sabe quadrinho hã? É claro que eu não vou me aprofunda na história... primeiro o que vem primeiro, e o que vem primeiro ainda não aconteceu. Só gostaria de ter o Albertino aqui comigo pro primeiro passo.

Ah, e já que eu estou falando de cinema... sim Flora, o filme é maravilhoso. Parte daquilo que me compete dizer daquele filme está se estragando nos dias de hoje: a originalidade, a autenticidade. Eu já sabia que gostarias...
Cheers!

2 comentários:

Anônimo disse...

Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse

Te ver declamar poesia tão linda e inusitada é provocar em mim uma satisfação enorme, sabes disso.

Quando é que vamos discutir a nossa "ignorância", homem das palavras.

Ah, e eu tenho ciúmes sim, tá? Hunf

Flora Valls disse...

'Então a primeira dificuldade é "pra quem contar"' como assim? o.O

Fiquei meio curiosa, de qualquer maneira.

O filme é massa mesmo, duca total. Quando o Jack começou a tocar 'Always Look the Bright Side of the Life', quase morri. O cachorrinho era tão bonitinho *-* e no fim ele pisou no lado da calçada que ele não 'podia'.

AMO e deu.