O sabor do vento que vem do mato me lembra a infância. Uma lembrança rica, sentida com detalhes, sorrisos. Velhos em suas cadeiras de balanço, asfalto rabiscado com gizes ou mesmo com o tijolo quebrado, em cacos. Desenhos infantis. Aquele cheiro de pão nas padarias, aquelas senhoras em fila, aguardando para as compras, com sacolas cheias de verduras e legumes e frutas. Um cheiro de pipoca.
As ruas são ladeiras, as ladeiras são montanhas. Eu me canso. Eu me liberto. Vivo o sonho, humano e belo. Corro e pulo, não sigo reto. Brincadeiras de rua. Como me liberto! Pontes e becos, ruas estreitas. Bares cheios de cadeiras vazias e homens na calçada. O futebol no campinho, a bola furada, remendada.
Nova infância sem passado!
Cheers!
Um comentário:
Crianças, danças, infância, brincadeiras. Estás com uma perseguição seguida com a infância. Algum problema em relação a ela, Odioso? Ou ela foi tão linda que em seus dias que passam tu quer fazê-la voltar?
Na infância, por exemplo, tive muitos problemas e tive também bons momentos. Olho as fotos antigas da família, da chácara, dos churrascos e dá vontade de mergulhar nelas. Sabe qual é o problema? Que não dá pra voltar e o tempo destrói tudo.
Hoje vou na chácara com meu pai e ela já foi exorcizada. De tudo, acredito. Mas, independente, as madeiras falam.
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