segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Flores do mato

A razão silenciou diante teus olhares, o corpo era todo obediente aos teus toques, meus olhos falavam e a boca secava frases disputadas. Sim, as palavras disputavam nascer e te ver, na luz daquele encontro. E o meu coração estranhamente pulsava. Eu era todo feliz. Uma felicidade plena. Uma felicidade compartilhada.

Eu senti teu ar, a tensão do que me contavas, vi os raios de sol nas tuas palavras, e a singela vida que me presentavas. Eu desejei que aquele momento nunca acabasse. Desejava saber mais, mas essencialmente sentir mais tudo aquilo. Meigas palavras, meigos olhares. Eu havia parado de pensar em mim, eu havia perdido algumas coisas. Perdi o medo de olhar nos olhos. Sim, não. Eu havia perdido o medo de olhar nos olhos, e de deixar-te olhar nos meus. Queria que visses o meu espelho d'alma. Desejava ser descoberto.

E agora eu desejo te descobrir...
Cheers!

2 comentários:

Pedro Valls disse...

Yabukishin, desculpe dizer, mas varios de seus post de algo subliminar, hehehehehehe. Belo post!

Cheers!

Flora Valls disse...

Não consigo olhar as pessoas nos olhos, nunca consegui. É um problema meu. Parece uma coisa invasiva demais, intrusiva demais, mesmo que se trate da pessoa com quem eu tenho mais intimidade. Simplismente não consigo, e é tudo.