domingo, 2 de julho de 2006

A Copa que o Brasil preferiu perder.

Eu costumo não acompanhar futebol na tevê, mas a Copa eu pude acompanhar! E hoje, após ontem, algo impronunciável contra a França, tenho umas poucas palavras!

A seleção para a qual eu estava torcendo não era o Brasil. A derrota acompanharia todos aqueles jogadores enquanto o técnico Parreira se encontrasse tão dono da palavra final, por isso, eu escolhi viver uma escolha polêmica no meu país: a Argentina!

Decidi assim por ter visto naquele time uma evolução muito necessária para eles, uma evolução do conjunto, orquestrada pelo técnico competente que eles têm. A Argentina não parecia aquela dos clássicos "quebra-canelas" contra o Brasil. Aquele Argentina tinha algo de especial, muito disciplinada, garrida, monstruosa. Mais ou menos como o Japão e Gana que, por sinal, enfrentaram o Brasil e não ameaçaram. A Argentina caiu por um acaso, mas tinha qualidade pra ir pra final. Uma final com a Itália.

Já o Brasil... eu jamais vi a seleção com uma defesa tão eficaz, e um ataque tão irrisório. Os meus medos, naquele time, eram Cafu e Roberto Carlos, que deixaram a glória do passado, Ronaldo, com sua invencível preferência pela mídia que o mantém no topo e outro, infelizmente ele, o Ronaldinho Gaúcho, aquele que abandonou no campo o título não-merecido de melhor do mundo. Desses jogadores eu não havia notado até a eliminação, ontem, o verdadeiro gás duma atuação de Copa do Mundo. Dos outros jogadores eu não posso falar, apesar de suas atuações capazes e muitas vezes decisivas, como o Fred.

Meus louros vão para Juan e Lúcio. Eles foram, sem sombra de dúvidas, as muralhas que impediram que o Brasil não fosse eliminado pela apatia, que teve seu ápice no jogo contra a França. Esses dois zagueiros foram o símbolo da vontade e da garra, da comunhão de técnica e precisão. Não vi, sem as ressalvas do Galvão Bueno, nenhuma seleção que pudesse transpôr aquela barreira, inclusive a Argentina. Na verdade eu acho que seria difícil o Ronaldinho se sair bem jogando contra uma seleção que tivesse esses dois zagueiros...

Agora que o Brasil mereceu ter perdido, mereceu. E mereceria perder novamente pela falta de vergonha na cara do técnico cansado de ganhar que é o Parreira. E mereceria perder novamente pelo alto nível técnico das seleções que ele enfrentaria se tivesse passado pela França.

A partir de hoje eu estou torcendo pra Alemanha; porque Portugal já está nas finais!

Um comentário:

Anônimo disse...

Extremamente triste a derrota da Seleção... mas concordo contigo que foi merecida. A seleção de estrelas, os grandes craques, os melhores do mundo, entraram em campo de salto-alto e, como diz minha amiga Joyce, salto-alto na grama afunda.
Muito choro, lágrimas, decepção. Eu sou muito mais o Inter. Se fôssemos nós, teríamos feito uma campanha muito melhor. Pelo menos teríamos lutado até o final do jogo, e não apenas nos cinco primeiros minutos do primeiro tempo.
Deixe estar. Está por vir a Copa de 2010, e a de 2014, essa talvez no Brasil. Quem sabe em alguma dessas o hexa venha. A nós, cidadãos comuns, só resta torcer.
Bjuuuu