terça-feira, 14 de fevereiro de 2006


Ouvindo: Adagio from "Moonlight Sonata" - Beethoven Lendo: os recados do orkut (tem um da minha namô!) Escrevendo: anotações sobre dor.

Aiya!

Ultimamente tenho sido acometido de muitas coisas. Dores, saudades, invejas, mas também de alegrias, surpresas, idéias e algum dinheiro. Há a vontade do homem de se ver liberto de tudo, mas isso eu já não alço tanto. Veja-me onde eu me encontro agora, profundamente enraizado numa casa que não é minha, escrevendo num computador que não é meu, sentindo a brisa, sentado numa cadeira, de trás pra frente, nada aqui é meu. E eu precisava que alguém me dissesse O QUE é meu!

Procurei então uma resposta: fui caminhar sozinho, porque junto dói esperar...

De fato não há, realmente, alguém que me faça esse favor. Sequer alguém que me encrave um punhal, ou que me ferva o sangue nas veias. Não há esse alguém e, até sob efeito da mardita, eu acho, eu não encontro equivalentes. Mas quem não se sente sozinho às vezes. Às vezes que o sono não vem, às vezes que você cai, às vezes que você erra, às vezes que você fala sozinho, às vezes que o ônibus te leva e não sabes o porquê, às vezes que você canta, esperando ser para alguém. Inda mais com minha maravilhosa voz!

Mas é fato que eu não procuro mais tais substantivos. Quero mesmo é adjetivos. Algum dia vou precisar muito deles. Até que "as pessoas grandes" possam me entender.

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