domingo, 15 de dezembro de 2013

Sempre inconstante

Quem me dera o amor. E se eu amasse. Nada. Uma oportunidade sequer. Nada. Um absurdo. Sempre. Comentários insanos e eventuais aventuras. Sempre. Cansado disso. Para sempre.

Cheers!

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Outra dose da vodka

O inverso das suas palavras ecoam. Estou livre para julgar, e minimamente preparado para dar a sua sentença. Acostumado aos seus rompantes, menina velha, eu já me preparo para suas idéias. Queria os tempos de Charles, mas quem sabe noutra dose da vodka vagabunda que você odeia. Está tudo tão chato entre nós. Está tudo tão vazio no campo das ideias.

Começo a pensar que nunca mais estaremos sozinhos o suficiente. Volto a pensar em caminhar o mais longe que eu puder. Me afastar da multidão de pensamentos e lembranças que você traz só por existir. E assim eu fico mais feliz quando você vai embora pra sua cidade cinza. Fico feliz por sentir falta de sentir falta de você, menina velha.

Cheers!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Meio e fim

Sete anos se passaram. Qas luva, meus jovens. Olhos e bocas, olhares e beijos. Sou um importante vetor dos cálculos verborrágicos da velha arcana. Não sou nada. Aprecio só. Qas luva imnorómnum, meus jovens. Dança e canto. Círculos e retas. Morte e celebração. Como isso é bom. Vashá, isso é muito bom!

Cheers!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Dança dos mascarados

Um círculo rudimentar desenhado no chão, aquele lindo chão de mármore. "Uma proteção", diziam em meu ouvido. Eu somente olhava. Tateava em meus bolsos aquele doce mentolado. Suava frio, e o ar estava quase parado. Desejava uma brisa, mas ali não haviam janelas. Posso parar de pensar em perigo, eu creio, mas aquilo tudo demorava demais. Cantos e gestos, cheiros e dança. Eu já estava de saco cheio. Uma hora e nem uma faísca sequer para impressionar os olhos. E me chamavam de incrédulo nos primeiros dias. Agora sei a razão.

Razão. Nada ali fazia parte da razão. Homens e mulheres em roupas icônicas, pareciam representar o estereótipo do ocultista. Eu acho que a maioria ali era tão incrédula quanto eu, e seguia somente por um prazer bizarro de fazer parte de algo bizarro. Ainda assim aqueles rostos estavam firmes, outros austeros, e uns como se tivessem tendo um orgasmo. Um orgasmo. Eu nunca mais tive um orgasmo. "Concentre-se no círculo", diziam em meu ouvido. Eu já estava de saco cheio. Aquele círculo mal desenhado, com símbolos macabros, e eu ali, fingindo que esperava ver algo sair dali. Ou saísse, sei lá. Talvez um demõnio que subisse e matasse todos aqueles cultistas bestas. Um demônio. "Isso não tem nada a ver com demônios, meu jovem", disse uma voz em meu ouvido.

Uau, como ele sabia o que eu estava pensando? Será que aquilo de fato é magia? Será que isso existe? Se existe, eu começo a acreditar. Olho fixamente para o círculo, relaxo os braços e os pés. Sinto um frio subindo pela espinha até o meu cerebelo. Uau, que sensação estranha. De repente o meu pulmão começa a arder, uma ardência e um calor. A música começa a ficar mais intensa, os cheiros começam a ficar mais doces, os gestos mais enérgicos e a dança mais frenética. Parecem mesmo ocultistas agora. Minha visão está ficando mais limpa, eu creio. "Uma mente calma observa o círculo, um corpo preparado jamais se quebra", diz a voz em meu ouvido. Eu me viro e vejo um senhor de idade. É ele quem fala ao meu ouvido. Eu o acho estranho, e ele está de olhos fechados. Volto a olhar para o círculo. Aquele mármore é realmente muito lindo. E frio.

Cheers!

domingo, 13 de outubro de 2013

Iniciação ao delírio

Acordado. Estou deitado. Gosto ácido na boca. Uma agulha ao lado. Ampolas. Onde estou? Paredes amarelo abóbora, sinais de umidade na tinta. O teto está repleto de sinais, desenhos macabros. No outro lado de mim está um corpo seminu de uma mulher. Folhas de jornais espalhados no chão. Um cheiro de álcool no ar, misturado com cheiro de gordura e fedor da sujeira do lugar. Acordo plenamente. Onde estou? O que estou fazendo ali? Olho melhor o lugar, e aquilo me dá nojo. Eu olho para as minhas mãos e não acredito no que vejo. Ressecadas, amarelas, sujas, fedidas e tatuadas. Tatuadas? Olho para meu corpo e novamente eu não acredito no que vejo. É surreal. Meu corpo todo está sujo, fedido e tatuado. Percebo que é uma tatuagem recente, que ainda está sarando. Mas quando eu fiz isso em meu corpo?

Os desenhos das tatuagens são do mesmo tipo de desenho macabro do teto. Símbolos, números, palavras em uma língua que não compreendo. Começo a ficar com medo. Aquilo tudo é muito estranho. Começo a ficar tonto, o mundo começa a chiar. A vida começa a chiar em meus ouvidos. Então eu ouço uma voz suave. Ela diz "dorme". Eu durmo.

Peso, peso. Medida, meu corpo. Balança, medida. Ouro, álcool. Espelho, gato. Será que estou sonhando. Não sei se estou acordado. O que eu estou sentindo? Estou com medo. Peso, peso. Balança, ouro. Gato. Olhos felinos. Estou acordando, ou ainda sonhando. É um sonho? Mundo sem cheiro. Nada e tudo. Desenhos macabros. Medo, peso. Meu corpo, álcool. Medida, nada. Estou com medo. Muito medo.

Desperto. Estou deitado. Boca seca, lábios secos. Uma ave negra voa acima de mim e abaixo de um céu cor de abóbora. Tudo fede. Olho instantaneamente para as minhas mãos. Elas estão tatuadas, desenhos macabros. Olho ao meu redor. Um lixão. Entardecer, e o sol se pondo parece levar as nuvens negras com ele, num contraste com o lixo. Tudo está laranja e fedido. Tento me levantar, mas eu afundo no lixo. Minhas pernas estão leves, não as sinto. O lixo me segura, aqueles restos inúteis da vida útil de alguma residência. Eu afundo mais. Tento lutar para levantar. Minhas pernas respondem com preguiça. Estou ficando sem ar. Sacos e mais sacos de lixo começam a me cobrir. Estou me afogando. Estou com medo. Estou lutando. Estou somente querendo viver, levantar, voar com a ave negra. Carniça e imundície. Fedor insuportável. Não vejo mais minhas mãos, nem meu corpo. Estou afundando. Então eu ouço uma voz suave. Ela diz "dorme". Eu acordo.

Leito de hospital. Sete pessoas ao meu redor. Duas estão manuseando uma máquina. Meu peito queima. Minhas pernas formigam e se contorcem. Percebo que tem algo enfiado na minha boca que desce até a garganta. Aquilo queima. Dói. As pessoas são médicos e enfermeiros. Olho para minhas mãos e não há tatuagem, somente muitas feridas. Há agulhas injetadas em minhas veias. Tento falar, mas me afogo em minha saliva. Uma das pessoas tira o tubo que está em minha boca. Estou queimando por dentro. Tento gritar, mas o grito é abafado. Dedos abrem minhas pálpebras e jogam luzes incandescente para dentro da minha retina. Quero fechar os olhos. Não posso. A luz já cegou meu cérebro. Estou cego pela luz. Então, de repente, sinto uma flecha no peito. Meu coração para de bater. As pálpebras se fecham lentamente. Um sinal sonoro apita longamente.

Acordo. Leito de hospital. Boca seca, sensação estranha no rosto. Olho para mim e vejo que ainda estou com agulhas em minhas veias. Até consigo sentir o líquido fluindo dentro de mim. Estou com aquelas roupas de hospital, mas estou nu por baixo disso. Minha cabeça está pesada. Meus olhos estão secos, as pálpebras ferem cada vez que eu abro e fecho os olhos. Sinto um incômodo na barriga, um peso estranho. Verifico o que é, mas não é nada. É só a sensação. Ao meu lado estão outros, mas dormem. Todos estão com uma aparência péssima, e a maioria ligado a máquinas que os monitoram a todo instante. Batimentos, respiração. Eu mesmo estou a pouco mais que noventa. Incrível. Minha cabeça está pesada. Desejo um médico aqui. Abro a boca para chamar. "Enfermeira", eu chamo. Minha voz está tão fraca. Percebo que cada vez que inspiro, meu pulmão queima. Minha cabeça está muito pesada. Estou impaciente. "Enfermeira", "alguem", chamo novamente. Então um enfermeiro entra na sala, liga a luz e me fita. O rosto dele é branco, e está assustado. Ele vem depressa para o meu lado, e começa a falar. Mesmo assim eu não o escuto direito. Sua voz parece um grunhido, está distante, diferente. Ele gesticula freneticamente, e sua fisionomia é austera. Percebo que ele ainda fala, mas que gradualmente minha audição vai sendo restaurada. O rosto dele fica mais relaxado. O meu tambem. Eu tento falar alguma coisa, mas ele tapa minha boca com a mão dele. Ele faz sinal de "sim" com a cabeça, a mesma palavra que eu consigo ler dos lábios dele. Eu me acalmo. Respiro, queimando meus pulmões. Olho para ele. Então, quando eu volto a ouvir o chiado quase imperceptível do ar, ele me diz "dorme". Eu durmo.

Cheers!

sábado, 27 de julho de 2013

WALL-E to E.V.A.

Oi, E.V.A.!

WALL-E ainda sente saudades tambem. Ele está bem, começando uma nova vida, com novos planos, um esperado recomeço. WALL-E adoraria conversar com você pessoalmente, pois a maior aventura de WALL-E só existiu graças a E.V.A. e o maior aprendizado só agora está dando frutos. WALL-E ainda tem aquela bota cheia de terra, com um embrião de esperança de vida plantado dentro de si.

Obrigado, E.V.A., por mostrar a WALL-E que ainda é possível sermos amigos. Obrigado mesmo! Vamos manter contato? Fica com Deus!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Do Sonho

Tentando não pensar no sonho da noite passada, com uma pequena curiosidade pela parte final. Eu acho que sei que estou sendo hipócrita, mas prefiro fingir que não sei. Nem posso pensar em perder meu tempo com tantas loucuras. Mas é que sinto falta dos meus devaneios.

Preferia que tivesse sido um pesadelo.
Cheers!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Esperando o trem

Ainda nervoso pelos dias que vem pela frente. Tantos projetos, tantas idéias, coisas que estão prestes a sair do papel, com a ajuda das amigas. Sinto uma lufada de imaginação percorrendo minha mente, me anestesiando da tristeza cotidiana. É como estar sem ser, uma roupa sem ninguem dentro.

Outros dias virão. Eu vou ficar bem?
Cheers!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Quase um umbuntista

O Ubuntu está cada vez mais próximo de mim. Uma nova experiência pela frente!

Liberdade é ótima!

Cheers!

terça-feira, 12 de março de 2013

Clotho I

Caminhava em uma estrada sem se preocupar com o tempo ou o espaço, seguia reto. De repente esta fez-se curva e dobrei quando então vi a lua nova, seu contorno. Aqueles rabiscos no céu tornaram-se fogos que desciam como gotas de água no inverno, gotas grossas e frias.

Sentia calor e me deparei comigo mesmo, um espelho? Meu eu falando comigo, quando avistei um pequeno vilarejo no qual este cantarolava uma música desconhecida pra mim que começou a fazer algum sentido em certo momento; Meus olhos fecharam. Vi minha família reunida de novo, após um longo tempo de brigas e caos, neste momento alegre, unida e forte. Tomei conta por mim e estava de volta aos meus 8 anos, na minha infância, onde videava desenhos e era ingênuo, onde a pureza era o principal. 
Aproximaram-se de mim, eram guerreiros hunos que clamavam por minha ajuda, neste momento fiz uma viagem no tempo em aproximadamente 20 anos, já era homem feito, tinha minha independência. Era mesmo eu que fui chamado? Ou simplesmente sonhei? Estava realmente acordado, será que dormi? 

"Se está em paz contigo, estás conosco. Se está em paz contigo, estás conosco.  Se está em paz contigo, estás conosco." Cantavam... Felizes, despreocupados, sorridentes. Que encontro foi este? 
 

Círculo reverso

No universo das palavras, ainda idéias, pura imaginação. Não consigo soltar as amarras. Estou saindo de mim e visitando o passado.

Cheers!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Arvore de natal

Vou enrolar um fio elétrico ao redor da árvore, ligar dezenas de lâmpadas coloridas, pôr uma estrela na ponta e colocar na sala de casa. E não é natal. Essa data não existe. Simplesmente não existe.

Cheers!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Normal Tipo B

Acho tudo normal. Não fico feliz com qualquer coisa, mas sempre estou buscando a felicidade. Alheio a isso ainda sou uma pessoa incorreta, racional, fatídica. Não lembro sequer do último beijo que dei. Desapego fácil. Não tenho bola de cristal para adivinhar o que a mulher quer de mim. Mas sou modesto, eu deixo a dúvida no ar.

Sou homem complicado, porra! Não me entenda...
Cheers!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Relendo uma lembrança (Sonho matutino)

Normalmente sóbrio, eu ainda me afogo nas lembranças e intenções do passado. Como me livrar da mente mentirosa? Queria mesmo é aquela máquina do filme Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças...

Touché!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Realmente um pequeno apanhado de idéias

Leves nuances, doenças velhas, amigos distantes, temporal com raios, caderno com mofo, palavras vazias.

Cheers!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O mal que se repete

E seguimos com Hugo Chávez governando da UTI. A América do Sul tem mesmo a sina de colonizada, dominada pela força de espertalhões. Como uma abjeta criatura consegue perpetuar-se assim? O Brasil deveria temer um golpe de estado na Venezuela, principalmente com a tal em processo de adesão ao Mercosul. Nunca seremos levados a sério com esse "socialismo bolivariano" assombrando o povo pobre e MAL informado da Venezuela.

É triste constatar que o tal socialismo de Chávez só justifica uma corrida armamentista naquele país, e a porta de entrada de dinheiro para financiar milícias terroristas como as FARC, que usa o tráfico de drogas como mola mestre. Chávez é sinônimo de atraso, de farsa, de ditadura, de morte. E o mundo só assiste!

Vamos tomar vergonha na cara, deixar a Palestina em paz, e derrubar de uma vez por todas os ditadores-terroristas da América do Sul. O combate às drogas agradecerá, tenho certeza.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Nave velha

Primeirona de 2013!

Projetos novos, mas ânimo nenhum. Grandes expectativas derrotadas pela minha racionalidade. Eu deveria escrever mais fantasia do que sci-fi ou policial. Gostaria de saber o que o Escudeiro tem a dizer, mas sei lá. A Flor diria boas coisas talvez. Eu queria mesmo era terminar tudo que comecei. Sinto que estou me tornando cada dia mais anônimo. Espírito deixando o corpo decrépito.

Naves velhas, novas viagens.
Cheers!