quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Eu, saco de pancadas?!

Eu ouvi dos amigos dos amigos daqueles que se dizem meus amigos (e entendam que me refiro a pouquíssimos...) uma bela perspectiva do meu futuro: vou me tornar, segundo eles, um desses caras que, petulantes perante a sociedade, vivem margeando o impossível, eterno dependente dos meus pais e amigos, um cara com pouca sorte.

Fiquei impressionado com a previsão! Eu juro que fiquei emocionadíssimo com a descrição detalhada do meu infame futuro, do meu infame infortúnio! Diziam eles que eu "estou nessa" de Filosofia pra dar uma bela desculpa pra viver sem dinheiro, sem emprego, sem banho, namorada e outros tipos de conversa fiada a respeito dos filósofos...

É claro que fui vítima de um estereótipo. Um estereótipo comum àqueles que fazem Filosofia. É, infelizmente, prática natural das gentes desenformadas... Mas acontece que, quando da previsão, eu estava num profundo mau humor, daqueles ácidos! Ouvi, sorridente, todo tipo de escárnio e pouco caso, até que encheu o saco e reagi. Aí eu posso dizer que o estereótipo fui um parto triste, pois a idéia nasceu natimorta. Oras, comigo não! Papo de preconceito pro meu lado?!?! Já me bastam os ridículos conceitos que a grande maioria da sociedade impõe pros filósofos...

Noutrora uma grande chance pra "encher a cara", dessa vez eu vi uma oportunidade de defender a minha classe de pensadores, defender-me e, de quebra, realizar a catarse que eu estava necessitando... enchi de argumentos aquelas mentes ineficazes, vazias e dominadas pelo senso comum. E estou certo que foi somente um confronto numa batalha diária contra o preconceito e a má desinformação. Uma batalha... sim, batalha.... pq a guerra... a guerra não poderá ser vencida...