sábado, 2 de julho de 2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Olhos do abismo

Olhar para o abismo. Sentir aquele impulso de se deixar ir. Tramar sozinho a queda. Mas, acima de tudo, saber que o abismo me olha de volta, me impulsiona, também trama. Velho gosto amargo na boca, daquelas sensações de solidão e inquietude que eu sentia.

Volto a ser. Estou voltando a ser. Aviso a vocês que estou voltando a ser. Minha mente está num turbilhão, a cabeça dói, sempreterna transformação. A besta de outrora ruge, gani, pia, agora inexorável dentro de mim. Novos caminhos, algo distante, mas acessível. Caminhos abertos, volto a ser, deixando de ser, transformando-se.

Não sei se o espelho me mostra o que estou ansiando em ver. Talvez não. Volto a ser algo antigo, o que era passado, nalgo que minha memória nem mais recordava. Discórdia, gritos. Gritos não, pandemônio na mente. Eu tenho que concordar comigo mesmo. Refazer minha dualidade vã. Fragmentos.

Fragmentos...