sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Enigmatic Encounter

"Sade, dis-moi, qu'est-ce que tu vas chercher?
Le bien par le mal? La vertue par le vice?
Sade, dis-moi, pourquoi l'évangile du mal?
Quelle est ta relígìon? Ou sont tes fidèles?
Si tu es contre Dieu, tu es contre l'homme.
Sade, es-tu diabolique, ou divin?"

Sadeness - MCMXC a.D. - Enigma

Há muito tempo eu deixei que o ritmo fosse meu guia de luz. Desde lá eu não descobri enigmas, mas fui descoberto, desvelado por uma sonoridade intensa. Perdi-me nos jardins da fé, da esperança, da força e da poesia. Sim, eu senti até o fim. Despertei a criança em mim, e hoje não alimento dúvidas.

O maior significado nisso tudo é que eu realizei meus instintos. Também achei a razão, em meio a algumas palavras que jamais fizeram sentido, até que eu as absorvesse. Eu vi, havia uma tela por trás do espelho, e nunca mais o meu reflexo foi mais o mesmo. Aprendi a descobrir uma força interior. Maior do que eu. Maior do que podemos ver. Maior do que podemos compreender. Paradoxos lado a lado.


Agora eu tenho. Eu possuo. Eu desejo. Eu sei...
Cheers!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...

É preciso amanhã as pessoas como se não houvesse amar... É preciso as pessoas como se amar não houvesse amanhã... É preciso amar amanhã as pessoas como se não as houvessem... É amanhã como se não houvesse as pessoas preciso amar...

A primeira vez é sempre a última chance...

A primeira chance é sempre a última primeira vez... A última chance é sempre a primeira vez...

A mente sempre fazendo um roundabout de tudo, como numa óbvia inclinação ao que se mais repete... uma óbvia situação em que me encontro, quantas vezes forem necessárias.
Cheers!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Tragicomédia cotidiana

Quando você a chuta, ela vem correndo de volta pra você. Não entende o porquê, mas se enche de um sentimento estranho. Estranho pra mim. Não se compreende como é possível só conseguir algo através da negação daquilo que se quer. E ela fica parecendo tão pedante. É horrível.

Quando você é chutado, percebe que está perdendo. O ser humano é treinado a não perder. Perder não! Corre-se atrás, mesmo sem compreender, apenas porque se sente motivado. Motivado pela rejeição. Rejeição significa perda.

Quando se vê uma cena dessa dá pena. Pena dos dois. Dois tolos. Tolos porque fazem exatamente o contrário daquilo que pretendiam. Um nega, querendo, o outro quer, fugindo. Vai lá entender...?

O que sobra fica comigo. Prefiro a dúvida. Ela casa melhor comigo. E nunca me traiu. Nunca a chutei, ela nunca implorou pra voltar, afinal, nunca terminamos. Dúvida que me dá filhos. Filhos tão lindos.
Cheers!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Introspectiva mente

Me sentindo como um personagem de quadrinhos. Muito velho para essas coisas. Muito difícil de enxergar. Parece que há um plástico envolvendo meu pulmão. Difícil respirar. O coração está gélido. Não. O coração é uma pedra. Melhor. A pedra é o coração. A pele está cinza. Me sinto doente. Meu contorno de tinta. Com medo de tíner. Com medo de qualquer diluente. Cansado demais. Com fome demais. Fome de mais páginas. Mais capítulos. Não. Maiores capítulos. Melhor. Melhores capítulos. A alma do que falo na lama. Tudo o que eu falo está pendurado em balões. Letras e expressões desenhadas. O mundo virtualmente sem cor. O fígado dói. Não consigo sentir odores. Momentos. O cabelo desgrenhado. Barba-por-fazer. Eterna barba-por-fazer. Algum barulho no bolso. Papel. Outro bolso. Uns trocados. A minha imagem está sendo lida. Alguém lê minha imagem. Me venera. Olhos sórdidos. Um frio na barriga. Os olhos me fitam. Respiração mais comprometida. Começo a suar. Não há o que temer. Não há temência naqueles olhos. Olhos perscrutando cada quadrinho. Mas eu não consigo saber o que pensam. Estou tão à vontade. Vontade de falar muito. Falar. Sou um agitador de massas. Sei que me ouvirão. Sei que me ouvem. Só não sei se esses olhos me dão ouvidos. E eu crio dúvida. A dúvida cria sentimentos. Medo. A rejeição. Parece que estou na lua. Não sinto meu corpo inteiro. Os olhos ficam irriquietos. De repente tremo. Completamente fraco. Volto a suar. A sensação. Há algo acontecendo. Corre por mim. Lê minha imagem. Parece ser a última vez. Frio na barriga. Dor de cabeça. Gélida sensação. Os olhos me ignoram...

e vira a página.
Cheers!

domingo, 2 de novembro de 2008

No Etéreo

Havia um ar de novo muito conhecível. De novo havia um conhecível ar. Havia de novo um ar conhecível...

Maybe one day I'll be an honest man
Up to now I'm doing the best I can
Long roads, long days, of sunrise, to sunset
Sunrise to sunset

Dream on brothers, while you can
Dream on sisters, I hope you find the one
All of our lives, covered up quickly
By the tides of time

Spend your days full of emptiness
Spend your years full of loneliness
Wasting love, in a desperate caress
Rolling shadows of nights

Dream on brothers, while you can
Dream on sisters, I hope you find the one
All of our lives, covered up quickly
By the tides of time

Sands are flowing and the lines
Are in your hand
In your eyes I see the hunger, and the
Desperate cry that tears the night

A música que tocou no puteiro tocou na minha mente, que tocou no etéreo do momento, e isso me permitiu tocar na prostituta que se apresentava. Havia uma fome no olhar dela, e nos que a assistia do outro lado da pista. Nada daquela música tocava eles, e uma parte de mim expelia a fumaça de uns lumes que tragava. Sim. Ali. Na direção oposta da do vento. O vento que varria o etéreo. O etéreo que me permitiu tocar na puta.
Cheers!