sexta-feira, 6 de junho de 2008

Sangue, Tinta e Pena

""rewop eht evah eW
evila sredasurc nredom ,su nioj ,pu dnatS
...kniht yeht tuB
evissergga ton er'ew ,evissimbus ton er'eW
rewop eht evah eW
evila sredasurc nredom ,su nioj ,pu dnatS
sthgir ruo rof gnithgif tsuJ
srethgif eht era ew esuaC"
Sors salutis, et virtutis, michi nunc contraria
Hac in hora, sine nora, cordum pulsum tangite;
quod per sortem sternit fortem, mecum omnes plangite!"

Camera Obscura - The Screen Behind The Mirror - Enigma

E eu tenho amor por toda obscuridade dos teus pensamentos. Eu dizia "alguns" e você evocava "somente os melhores". Meu prazer estava nos detalhes — no reverso da música — que provoca em mim sensações e visões. As minhas tendências maniqueístas contrastam com teus longos devaneios niilistas. A minha aversão ao radicalismo e tua fé cega na ausência de fé. Já o seu prazer está em toda proposição posta ao teu bel entender, o pedestal dessa tua vaidade. Não é engraçado? Mesmo tão sortidas sortes, estamos vivenciando um ócio produtivo! Estamos mesmo em dias negros pro pensamento humano. Café é o nosso melhor amigo.

Desejaria estar à beira duma lareira, tal qual a Flora, e curtir o frio. E se tenho inveja da centena de livros que possuis é porque eu não os tenho. Já a tua inveja da minha eloqüência, rs, é por total erro teu. Somos parecidos! Acredite! Estamos tão sobriamente parecidos que vimos as mesmas oportunidades onde nenhum dos nossos viu, e curtimos. Sejamos diferentes dos outros, então, e não entre nós.

Faça a diferença também!
Cheers!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Como Nivelar o Mundo

Confúcio viajava com seus discípulos quando soube que, numa aldeia, vivia um menino muito inteligente. Confúcio foi até lá conversar com ele e, brincando, perguntou:
— Que tal se você me ajudasse a acabar com as desigualdades?
— Por que acabar com as desigualdades? — disse o menino. — Se achatarmos as montanhas, os pássaros não terão mais abrigo. Se acabarmos com a profundidade dos rios e dos mares, todos os peixes morrerão. Se o chefe da aldeia tiver a mesma autoridade que o louco, ninguém se entenderá direito. O mundo é muito vasto, deixe-o com suas diferenças.

Os discípulos saíram dali impressionados com a sabedoria do menino. Quando já se encaminhavam para outra cidade, um deles comentou que todas as crianças deveriam ser assim.
— Conheci muitas crianças que, em vez de estar brincando e fazendo coisas de sua idade, procuravam entender o mundo — disse Confúcio. —E nenhuma destas crianças precoces conseguiu fazer algo importante mais tarde, porque jamais experimentaram a inocência e a sadia irresponsabilidade da infância.

Retirado da Coleção Contos do Alquimista, reunidos por Paulo Coelho, livro 2, "O Mosteiro Pode Acabar".

Cheers!

terça-feira, 3 de junho de 2008

A Fraqueza da Dualidade Vã

Daí eu assobiava meia dúzia de músicas lindas, todas elas num ritmo alegre, apesar de tristes. Sorrateiramente tateei meus papéis em busca de uns escritos aí, nada importantes. Estava com saudade de algumas palavras...

Sorrateiramente eu puxei aquele calhamaço de folhas, como se houvesse alguém dormindo, ou se, afim de manter o silêncio, eu pudera ser descoberto. Cuidadosamente eu tirei a poeira, e retirei a fina película que a cobria. Parecia um material raro. Só então eu pude ler.

E quanto deleite! Aquelas palavras tão horrivelmente cruas, na época em que eu gania tanta tristeza tão alto, e que ouvia os ecos do mundo lá fora e imaginava. Eu vivia tempos de "Caverna" e sequer poderia reconhecer isso. Tive algumas surpresas ao ler tão enfadonhos versos que eu mesmo criara, mas soube reconhecer que queimá-los agora não é sábio.

Meticulosamente eu devolvi o calhamaço ao seu lugar. Senti-me tão mais jovem! Eu absorvi toda aquela jovialidade impura, insana e inconsequente novamente. Voltei a assobiar as tais músicas. Só que agora elas, tristes, permaneceram como tais.

Cheers!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Arestas

Ele não evoluiu. Não partiu sozinho, mas voltou só. São apenas aparências o que lhe sustentam dentre o povo que novamente o humilha. Ele sabe disso, e entristece sua poesia por tão pouco. Eu mesmo gostaria de estar ao lado dele e levar tomates na cara, mas isso não é possível. A estréia é logo mais e a dor ainda é muito profunda.

Eu, em êxtase ultimamente, tento alegrar a todos, mas eu vejo que é um cenário horrendo. Alguns estão perdidos, alguns se perdendo, outros sequer interessados no caminho. E foi somente uma chuva pra aproximar todo aquele povo. Então eu direi: censurem-me! Não será a primeira vez, nem a última! É claro que me dói também. Mas é preciso mesmo ser tão dramático? É necessário gastarmos tanto assim essa "amizade"?

Façam suas escolhas. Eu já fiz a minha. Sofreremos calados mas sofreremos de pé.

Cheers!

domingo, 1 de junho de 2008

Um milhão e dois

A compreensão do todo por suas partes...

Dúvidas e poucas respostas. Não sou nenhum gênio, expectativas à parte. Um pequeno festejo, alguns goles a mais e toda a oportunidade de relembrar velhos discos de vinil...

Além do mais, como disse a Flora, esse blog está voltando a ser meu, a falar de mim. Talvez, eu diria. Eu só me ocupei de ver os conflitos e passagens que todo caminho oferece. Somos fracos quando estamos sós. Então eu repito: não sou nenhum gênio. Escreveria tudo o mais, mas eu não poderia fazê-lo. Tenho dúvidas...

Ontem foi muito bom, Carla.

Cheers!