sexta-feira, 9 de maio de 2008

O deserto do ermitão

Quebrado o silêncio, a percepção do deserto é inevitável. Os passos que foram dados foram cobertos pela tempestade de areia, e voltar é impossível. Agora só há o caminho da incerteza, absurda opção daquele que se encontra perdido em dunas e dunas de solidão. A terra é o leito, o vento é o afago e o sono é profundo.

Voltarei a dizer a mim mesmo, em alusão às minhas diversas analogias, "o sol está lá fora". Porquanto eu preferiria o silêncio, mas zumbem dentro de mim as tais palavras desorganizadas... você me pregou peças, e revirou coisas antes quietas. Agora me isolas de ti. E poderias pelo menos ter deixado na porta da geladeira um pequeno recado, ou, devolvidas as flores, ter sido menos emocional. Daí eu me pergunto quantos anos mais... talvez nem eu, nem você estejamos prontos pra responder...

Há dúvidas mais cruéis, Flora. Eu não estou pedindo a ela piedade. Gostaria mesmo de passar por isso como costumeiramente já fiz noutras vezes. E faço novamente. Não estou pedindo a ela outra chance. Eu já conheço o fim disso, só gostaria de poder reportar ao final de tudo o maior erro que cometi...

...ter começado tudo isso!
Cheers!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Arthur e a folha em branco

Gostaria de conhecer cada significado de teus sinais, mas é tão pouca a minha disposição para tal. Estou perdendo tempo na tentativa. Afinal de contas, castigastes teu único breve fluido de vida, e como se deixasses de respirar eu percebi que estavas tentando se matar.

Posso não concordar com isso?

Cheers!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Poções e magias

Quando eu olho pra uma folha em branco eu visualizo centenas de coisas diferentes. Imagens em preto e branco, ou hipersaturadas de cor.

A verdade é que as imagens não mostram mais somente aquilo que é possível, mas um passado ardil, que está dominando meu tempo e minha disposição... figuras incríveis, e de algum modo insuportáveis, como um medo interior, ou como se fossem, todas juntas, o meu daemon ressucitando coisas afins. E até aí eu não posso dizer que estou preocupado. Voltarei-me, então, a trabalhar na pesquisa de Solari e da sua criação...

Ah, e até encontrei algo interessante...

No rascunho #42, algo desorganizado, eu encontrei os primeiros trabalhos sobre a linguística de Solari. O ano já era 1999, o que me diz que aquele foi o ano onde eu procurei dar mais viço ao que já tinha criado. E de fato esse ano foi o que eu mais produzi, o ano em que eu comecei a consultar os livros diversos que deram vida à Solari, ou o que ela é hoje.
Esse rascunho fala de uma língua dos Anões, e que deveria ser primária pelo que li. A língua provinha dos sons natureza, então não dá muita noção do que eu queria. Mas a expectativa era muito grande com o que eu ia criar logo após, porque no rascunho #43 e um pouco do #44 eu continuei a fazer uma idéia do que essa língua significava. E como eu sempre faço a história antes de definir outras coisas, fica difícil apelar à memória... a língua sequer tinha um nome, mas o mais próximo de um nome que eu pude avaliar foi o nBréulico...

Cheers!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Falho!

Eu havia sido o maior dentre os maiores, e mais ainda do que suspeitava, e infinitamente além do que esperava de mim mesmo. Tentei o meu melhor, e novamente, e outra vez. Mas é falho...

Cada vez que o mundo se posiciona a favor, e os astros estão resplandescentes, uma conjuntura de expectativa, enganos, verdades e mentiras me arruinam por completo, e a vontade de se fazer dois é a cada dia mais pesada e entristecedora. Eu faria tudo pra saber os enigmas por trás de toda essa conjuntura, se isso não fosse confuso e, de certa forma, carregado de simbolismos que eu já a anos abandonei. Eu sempre tento novamente. Mas é falho...

A inspiração pra dias melhores, pras canções, e pruns rompantes de romantismo. Abandonado, eu assisti o assassínio dalgo que poderia ter sido, mas que nem chegou a ser... e fruto do abandono o meu egoísmo volta a ser, pois estava esquecido. Mesmo assim eu tenho idéias de voltar a procurar a felicidade. Mas é falho...

E voltarei a me lamentar de uma porção de coisas... e quando achar que tenho esperanças, serei abandonado novamente...

Cheers!