sábado, 26 de abril de 2008

O criado-mudo

Ontem foi o dia em que me tornei palhaço pras crianças, palestrante pra padre e ombro amigo de desconhecida... um dia normal na minha vida.

Fui defender o texto (hehehe) entitulada "Equilíbrio Distante" que escrevi ano passado, falando sobre diversas coisas que urgiam dentro de mim. Como eu havia mandado o texto integral para um amigo, ele me convidou para, ontem, defender o texto e minhas opiniões num debate, num painel de discussões onde estavam predominantemente padres da Católica. Fui lá e falei. E foi oportuno, porque eu precisava de uma visibilidade do que a Igreja pensa sobre o que eu falei...

Lá também tinham crianças, de uma creche ali perto, que usavam o espaço para brincar. Na hora da ausência da "tia", eu fui lá e servi de palhaço, fui o "tio" deles por uns minutos...

Mais tarde, após o debate, fui na casa da Loura. Mas isso é um fato pra passar desapercebido neste blog, merecendo somente esse pequeno comentário: falamos o que não devíamos, ouvimos o que não queríamos...

Já de volta ao meu bairro, mergulhei de cabeça no Pondera, mas antes que o tal fizesse efeito, servi de ombro amigo pra uma amiga de uma amiga minha... e foram necessárias as já costumeiras grosserias minhas pra que ela me largasse um pouquinho. Afinal eu tô fazendo Filosofia e não Psiquiatria Clínica... hunf!

Cheers!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Solari 10 anos!

Hoje, sem pompa e nem mistério, o cenário Solari está completando 10 anos.

Em 1998 eu comecei a criar, outrora inspirado na minha meteórica iniciação ao RPG, um universo medieval cheio de clichês malignos e nem um pouco original. Não haviam nomes, não haviam porções de textos e tampouco os famigerados e indecifráveis rascunhos. Meus cadernos, naquela época, eram no total uns dois. Hoje os cadernos que contém algum material solariano já são mais de sete. E, acreditem, até mesmo para mim é difícil realizar sozinho a obra toda de reuni-los...

Ainda me lembro, e gostaria de dizer "como se fosse hoje", o primeiro tema que "fundou" Solari, e pelo menos alicerçou as primeiras bases de Fradeh (sim, Fradeh foi a primeira cidade a ser citada). Era uma pequena história que falava de uma vila, a princípio chamada Fader (com a pronúncia do inglês father, pai), que era atacada por uma horda de orcs, liderados por um senhor das bestas ainda sem nome àquela época, e que chacinava os povos livres. Essa primeira história já se perdeu, no saudoso caderno #1, juntamente com o mapa que eu desenhei na escola(!) e pintei com lápis de cor... nesse caderno também haviam os escritos mais antigos sobre o Gox e o amigo-dos-dragões (nossa, eu nem me lembrava disso). No futuro Gox e o amigo-dos-dragões se tornaram a mesma pessoa, e Gox cresceu acompanhando uma evolução de minhas preocupações narrativas...

Então, para comemorar, mesmo que sozinho, a essa década de muita imaginação, tentarei falar, nos próximos posts, sobre o início de tudo, as histórias antes da história, a erupção de um mundo incrível chamado Solari.

Cheers!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Mostruário

Solte-me quando puderes...
solte-me assim que quiseres
logo eu estarei disposto a perder
e admitir que também perdi...

Saber que estamos numa difícil encruzilhada não é algo ruim. É ótimo ter opções. Mas eu nunca ia imaginar que eu ia querer somente uma opção. Não pra mim, mas pra você...

É tão difícil entender isso?

Cheers!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Um Olhar

Era importante dizer tudo o que eu pensava, usando toda a minha capacidade de expressão. Eu tenho a tendência a complicar tudo "ao cubo" e isso era algo que eu não podia admitir naquela hora. Respirei fundo, mantive a postura, e comecei a entoar os mantras que eu ecoou dentro de mim...

Daí em diante minha energia fluiu, levemente, pelos caminhos do corpo. Você tem que estar muito relaxado, livre das travas que uma mente desconcentrada tem. Tudo partia do centro, e fui direcionando minha enorme energia, e ela dançava dentro de mim. Para trás e para frente, rítmica em velocidade constante.

O Metal se movia dentro de mim, lentamente. O Ar era o impulso, e tudo se dava mergulhado na Água de meu corpo. Concentrado, eu pude perceber minhas dores, e meus medos físicos estavam evidentes à mim naquele momento. E me expressei com tamanha precisão que nenhum médico poderia dizer de mim o que eu poderia naquela hora.

Sábado eu tenho um encontro...
Cheers!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Adeus, querida!

Um brinde, querida, a você e seu garoto amado. Sim, um brinde, querida, porque esperei anos por você. Um brinde, querida! Seus sinos de casamento ressoam em meus ouvidos... Um brinde, querida. Você me dá três cigarros para que eu pare de chorar...

E eu morro quando você menciona o nome dele.
E eu menti, eu devia ter te beijado quando estávamos correndo na chuva.
Ah! Eu sou um covarde!

O que eu sou, querida?
Um sussurro em seu ouvido?
Um pedaço do seu bolo?
O que eu sou, querida?
O garoto que você pode temer?
Ou o seu maior erro?

Um brinde, querida, a você e seu homem amado. Outro brinde, querida, eu fico por aqui, disposto a tudo. Um brinde, querida, e pra você eu toco uma canção em meu violão. Um brinde, querida! Eu tenho uma rainha da beleza pra sentar não muito longe de mim...

Eu morro quando ele aparece para te levar pra casa e te fazer dormir.
Mas eu sou tímido demais... eu sou um covardão!
Devia ter te beijado quando estávamos sozinhos...

O que eu sou, querida?
Um sussurro em seu ouvido?
Um pedaço do seu bolo?
O que eu sou, querida?
O garoto que você pode temer?
Ou o seu maior erro?

Oh, o que eu sou? O que sou eu, querida?
Eu esperarei por anos...

livremente inspirado na letra Cheers Darlin', do Damien Rice.